sábado, 23 de junho de 2012

Alberto Ribeiro


Alberto Dias Ribeiro nasceu em Ermesinde (perto do Porto) a 29 de Fevereiro em 1920. Filho de um comerciante muito considerado na sua localidade, tudo indicava que Alberto Ribeiro iria seguir as pisadas de seu pai. Mas certo dia, quando tinha apenas oito anos de idade, Cristiano, seu irmão mais velho, que gostava de tocar guitarra, pede-lhe que cante acompanhando-o à guitarra.
Com nove anos termina seus estudos e nesta altura sua familia muda-se para o Porto. Certa noite, estando Alberto Ribeiro e seu pai num conhecido café da Invicta, «o Portugal», local onde se cantava o fado, um amigo da família fala ao dono do café sobre ele, e é assim que Alberto Ribeiro se estreia a cantar em público. O sucesso é tal, que o dono do café o contrata por 15 escudos por dia, e isto com apenas 10 anos de idade. 
Com 15 anos, muda-se para Lisboa. Sem dinheiro nenhum, emprega-se numa fábrica de tecelagem, mas isso muda rapidamente pois ao fim de uma semana apenas, já estava contratado para cantar no «café Luso». Passa a estudar canto, com a professora D. Maria Antónia Palhares, que mal o conhece e ao escutar a sua voz, prevê que aquele jovem se tornaria em breve num ídolo nacional.
Em 1939, Alberto Ribeiro estreia-se no teatro Apolo, com a revista «Toma lá Cerejas». O sucesso foi enorme. A partir daí nunca mais parou, participando em uma larga dezenas de revistas e operetas.
Em 1944 é convidado para integrar como primeira figura na companhia espanhola de Célia Gomez. Assim parte para Espanha, onde durante 18 meses alcança um sucesso sem precedentes. 
Alberto Ribeiro estreia-se no cinema em Espanha, com o filme espanhol «Un Ladrón de Guante Blanco». Obteve grande de popularidade, surgiu como intérprete principal do filme "Capas Negras" contracenando com Amália Rodrigues, continuando no período que se lhe seguiu como vedeta de cinema em várias películas nacionais e internacionais.
Em 1946 é inaugurada no Parque Mayer a “Sala Júlia Mendes” sendo Alberto Ribeiro primeira figura de cartaz ao lado de Amália Rodrigues.
Foi o galã de inúmeras operetas, quer pela sua figura, quer pelo seu cantar era o intérprete ideal, para um espectáculo muito em voga na época, mas muito cedo se retirou de cena sem que houvesse uma quebra de popularidade e de prestígio, que o justificasse.
Na década de 1960 voltou ao palco para a comemoração dos 25 anos da opereta "Nazaré" onde interpretava, entre outras canções "Maria da Nazaré" de sua autoria em parceria com o poeta António Vilar da Costa e que foi um estrondoso êxito na década de 1940.
Retira-se novamente de cena sem que ninguém o compreenda, remetendo-se a um silêncio que ninguém conseguiu até hoje quebrar. Mas o público não o esquece e com os seus discos a serem reeditados consecutivamente,  são a prova definitiva que a fidelidade dos admiradores de sempre tem arrastado consigo novos ouvintes interessados e fascinados por uma voz cujas raras qualidades perduram.
Faleceu a 26 de Junho de 2000, em Lisboa.


Fontes: Blog Lisboa no Guiness 
           Site Macua
           Blog Paulo Borges